O que mais incomoda nessas situações é a falta de empatia das pessoas. Elas não nos conhecem, não fazem ideia de como está sendo nosso dia, mas fazem questão de nos dizer o que acharam de nossa aparência - como se fosse algo impossível de segurar e manter para si, em seus pensamentos.
Mas e quanto à nós e nossa falta de empatia?
Ontem mesmo, refletindo sobre isso, eu lembrei de um acontecimento simples, mas que mudou muito minha forma de pensar e agir.
Em 2009 um caso peculiar virou notícia por todo o país: uma moça foi hostilizada na faculdade por conta de uma peça de roupa - Geisy Arruda. Eu lembro bem da minha opinião sobre o acontecido. Comentei com meu tio algo como: "Bem feito! Quis 'aparecer' indo com roupa inadequada para a faculdade - deu nisso!"
Meu tio - um dos melhores amigos que tenho - disse: "Me admira que você tenha uma opinião como essa... Imagine se fosse você, com suas roupas pretas e maquiagem pesada, causando tumulto por causa da forma como se veste?"
Foi como um soco no meu estômago.
Quem era eu pra mudar o conceito de roupas adequadas da moça? Se ela entrara na faculdade vestida daquela forma, era porque o ambiente dava essa liberdade para os alunos - quem era eu para tirá-la? Quem era eu pra julgar que ela estava vestida daquela maneira com o único objetivo de chamar a atenção? Não é o mesmo que pensam de nós - pessoas de estilo incomum, com tatuagens, piercings ou cabelos coloridos?
Nesse momento, pouco me importava se minha opinião sobre a moça estava correta. Nesse momento, na verdade, minha opinião não importava nenhum pouco.
Puxa vida: quantas vezes nós - os estranhos de roupas esquisitas - não perpetramos os mesmos preconceitos que sofremos? Quantas vezes já não comentamos com nossos amigos o quanto 'aquela pessoa' está brega, ou vulgar demais, ou sem noção do ridículo? Quantas vezes não julgamos aquela moça perfeitamente maquiada, com roupas lembrando a Barbie, comentando sobre o quanto ela é superficial e quer chamar a atenção?
É absolutamente normal que queiramos ter uma opinião e expressá-la com os amigos e colegas - afinal isso é melhor do que jogá-la sobre o alvo, da forma que costumam fazer conosco, não é?
Mas é mesmo necessário que tenhamos e expressemos uma opinião sobre o outro, a forma como ele se veste e o que ele faz de sua vida? O que ganhamos quando expressamos nossas ~ oh, tão importantes ~ opiniões sobre o outro? Nos faz sentir melhores que ele?
Recomendo muito esse texto, no Papo de Homem, que veio na hora certa, enquanto refletia sobre isso e sobre como os 'julgados' são os que mais entram na roleta russa de julgar o próximo.
Vamos exercer a 'não opinião'?
Beijões e até a próxima!
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Eu sempre tento me colocar no lugar do outro por causa disso.
ResponderExcluirA gente sabe como é horrível receber certos tipos de comentários e olhadas por causa do nosso estilo. Por isso sempre tento me policiar o máximo para não julgar as pessoas pela aparência, porque eu passo por isso e sei como é.
Eu acho que nunca tive muita dificuldade para não julgar o outro pela aparência, porque passo por isso desde muito nova. Meus estereótipos sempre foram a cdf, a metida (que não era metideza, era timidez e reservada), a diferente, a sozinha, a estranha. Mais ou menos nessa ordem. Ou seja, desde nova eu era diferente da maioria e sempre percebia os comentários e as brincadeirinhas sem graça ao meu redor. Por isso aprendi como é ruim ser julgado e tento ao máximo não fazer isso.
Não to falando que nunca fiz. É difícil quando se trata de outra pessoa com gostos totalmente opostos ao nosso. Mas eu tento deixar só pra mim pelo menos. E penso que se a pessoa ta feliz daquele jeito, então quem sou eu pra falar qualquer coisa.
Adorei o texto! :)
bjin
http://monevenzel.blogspot.com.br/
Esse é o cerne da questão, Mone... Julgar é uma atitude condenável para qualquer um - mas os alternativos, que sentem o peso dos julgamentos na pele todos os dias, são os que mais deveriam se policiar por saber o quanto isso é ruim!
ExcluirSe o nosso objetivo no mundo é encontrar a felicidade, temos que ir e deixar ir <3
Obrigada pelo comentário!
Oi Sandila!Fazia tempo que não visitava o Nox...
ResponderExcluirSobre a empatia é algo que eu sempre falo com as pessoas,não tem como negar que avaliamos as outras pessoas,e acredito que muitas vezes o fazemos como uma forma de refletirmos quem somos no outro.Eu sinceramente pouco me importo com as escolhas alheias,principalmente no que diz respeito as coisas no campo individual,pois nem da minha conta é!Então,nem posso ficar apontando o dedo para o que eu acho ou deixo de achar.
Talvez eu tenha esse posicionamento,pura e simplesmente por ser julgada seja pelas minhas roupas,cabelos,etnia ou pasme:por eu ter ( e sempre ter tido) um relacionamento inter-racial.Ando a perceber que muita gente que sofre o preconceito,anda a semear o mesmo de forma igualmente cruel de quem de fato não sofre,não é generalização (seria burrice ),mas vejo um número absurdo de pessoas segregando as coisas.
Por conta disso,minhas relações interpessoais andam diminuindo,confesso que ando cansada de discutir com pessoas que arrumam "motivos plausíveis",para que o ato de mau julgar seja justificável!
PS:Ok vou ser sincera,não tem nada a ver com o texto mas falo que parei de acompanhar o Nox,porque sentia falta da Sandila de quando e conheci o blog gostei!
Küss
Simplesmente não dá para retribuir preconceitos. Muitas pessoas que conheci, enchiam a boca para falar que se achavam no direito de julgar os outros pois eram julgados também, perpetuando essa corrente de julgamentos. Também vejo um número absurdo de pessoas que fazem isso. Uma pena.
ExcluirÉ quase impossível que deixemos de formular uma opinião sobre o outro (eu não diria que é impossível, porque creio que possamos treinar nossa mente para isso), mas podemos - ao menos - não jogar sobre os outros esses julgamentos, nem sair comentando desnecessariamente aos quatro cantos.
E a Sandila de quando você conheceu o blog sempre esteve aqui, minha flor... Com o tempo, só fui percebendo que há coisas que não precisamos expôr.
Obrigada pelo comentário.
Beijos <3
Caralha, ótimo texto San!
ResponderExcluir<3 Fico feliz que tenha gostado.
ExcluirOi Sandila nem sei o quanto acho legal esse tipo de texto num blog, ainda mais se for voltado pro público alternativo mesmo, eu acho que por ter andado com todo tipo de gente desde novinha e muitas vezes com as meninas mais "populares" do colégio mesmo não tendo muito a ver com elas no estilo, acabei crescendo sem ter preconceito nenhum, aliás eu acho até que tenho meio que um radar dentro de mim pra isso, quando meu namorado solta em casa algum comentário desnecessário sobre o estilo de alguém ou as atitudes eu já vou logo dando puxão de orelha hahaha realmente não curto gente que expressa preconceito, ainda mais aqueles que são meio nas entrelinhas :S
ResponderExcluirbjuuu :)
http://hippiegrungerajneesh.blogspot.com.br/
Andressa, que lindo é ter um comentário seu por aqui *-* Leio seu blog caladinha, porque nunca sei o que comentar (timidez até pela internet), mas amo muito tudo!
ExcluirVocê é uma pessoa privilegiada! No meu caso, por ter sofrido tanto preconceito por parte dessas moças populares, acabei por desenvolver por elas o mesmo tipo de preconceito... É difícil se livrar disso depois (difícil, mas não impossível). Fico feliz que não tenha tido que passar por isso!
É um caso de se policiar constantemente, pois eu mesma - por minha vez - me pego expressando uns preconceitos por ai. rs É vivendo e evoluindo.
Beijões, linda!
Obrigada pelo comentário!
ai jura??? morri de alegria em saber disso haha <3
Excluirainda mais porque mil vezes eu também já vim aqui e assisti teus vídeos e acho que quase nunca comentei nada :S
mas com certeza, vivendo e evoluindo sempre é o que importa!
bjãooo
Certa vez eu fui levar a minha filha na pediatra, pra uma consulta de rotina. Lá estava eu, sentada com minha filha pequena no colo e ouvindo uma mulher falando de mal de mim pra outra, dizendo coisas do tipo: Nossa, essa moça aí deve ser uma drogada, olha o jeito que se veste." ela estava com uma filha e um filho mais velho, e pediu pro filho mais velho tirar a filha dela de perto de mim. Esse é o maior defeito das pessoas: julgar sem conhecer. Eu posso não gostar de algo que vejo, mas não saio por aí julgando, como a maioria das pessoas fazem.
ResponderExcluirE é exatamente ai que mora a diferença, Andressa!
ExcluirNós, certamente, não gostamos de muito do que vemos no dia-a-dia - mas não seria melhor colocar nosso foco (e nossas palavras) naquilo que vemos de bom e agradável? O Universo sempre expande aquilo no que focamos... Quanto mais prestamos atenção e colocamos energia nos acontecimentos ruins, mais deles aparecem.
É triste demais que esse tipo de preconceito seja algo não absurdamente comum - mas, por outro lado, nos impede de colocar em nossas vidas alguma pessoa que mostraria isso depois. Você não está só. <3
Obrigada por compartilhar isso comigo.
Beijões.
Eu sempre me questiono sobre isso, eu admito que eras malvada e ficava rindo de algumas pessoas, mas eu realmente parei com isso, fiquei tipo "sim, e o que tem se eu to achando aquela pessoa ridícula? Ela ta feliz? Ta se achando bonita? Que se foda". Eu acho que as pessoas começaram com isso "eu sou honesta" e logo se transformou numa desculpa pra cagar regra na vida dos outros.
ResponderExcluirJulgar é normal, não gostar da aparência de outra pessoa também, mas a necessidade de menosprezar e fazer com que o outro se sinta mal é só nossa, e não é algo que não podemos controlar, não é mesmo? Eu mesma estou me policiando muito sobre o que eu faço/falo, por que se eu desprezo quando outras pessoas agem de tal maneira eu não deveria agir igual, então hoje em dia eu não faço nenhum comentário desse tipo, se eu n gostar eu deixo quieto e ponto final
Ótimo texto San, vc deveria escrever mais textinhos pessoais assim
Bjs
Bats in Boots
Fernanda, sou sua fã! Adorei o comentário, pois é basicamente o que tenho feito!
Excluir"Eu acho que as pessoas começaram com isso "eu sou honesta" e logo se transformou numa desculpa pra cagar regra na vida dos outros." <- Exatamente! Ser honesto quanto nossa opinião é pedida, é uma coisa - sair cagando regras com grosseria é outra completamente diferente!
Ultimamente tenho feito o mesmo! Quando olho para uma pessoa e penso no quanto a achei ridícula (até escrevendo isso, já me pergunto 'quem sou eu' pra achar alguém ridículo), penso também no quanto ela deve estar feliz sendo como é e no quanto ela tem todo o direito de ser como quiser. É uma ajuda e tanto no caminho de não julgar!
Muito obrigada, Fernanda! Tentarei colocar mais alguns pensamentos por aqui.
Beijões!
Incrível seu texto! Realmente, nós alternativos julgamos o tempo todo as pessoas que achamos "feias" ou estranhas, mas não gostamos de ser julgados.. Estou tentando com todas minhas forças parar de julgar o próximo, é muito chato e faz mal pra ambas as partes >.<
ResponderExcluirBeijos.
Diva de Brechó
Faz mal para ambas as partes mesmo, Geovana =\ É triste encher nossa mente com julgamentos ao invés de direcionar nossa energia para algo que nos faça bem!
ExcluirVamos continuar tentando, pois não é resultados sem tentativas. É difícil, mas é possível (e necessário)!
Beijões <3
Nossa Sam, já passei por uma situação parecida, eu julgava quem julgava os gays, e estava sendo tão culpada quanto eles.
ResponderExcluirAté eu saber discernir as coisas, todos temos opiniões, diferentes ou iguais.
E para evitar senas de constrangimento e humilhação, temos que usar o famoso bom senso, que pode parecer algo superficial, mas mudaria muitas vidas.
Adorei o texto, e principalmente o valor que ele carrega, ao assumir que já fizemos isso, mas tivemos a decência de mudar. Reconhecer o erro é o primeiro e principal passo.
Sexo, Fraldas e Rock'n Roll
Paola, eu já pensei MUITO sobre esse ponto que levantou. Também é horrível levantar julgamentos sobre aqueles que tem seus preconceitos. Não sabemos quais as situações pelas quais a pessoa passou, que fizeram com que ela ficasse preconceituosa com algo.
ExcluirEu mesma comentei mais acima (respondendo o comentário da Hippie) que tinha muito preconceito com 'moças populares' e patricinhas porque já sofri na mão de muitas em épocas escolares. O que me fez mudar foi ver que não se trata da aparência da pessoa (ou, abrangendo os preconceitos alheios, da opção sexual, da cor da pele, da nacionalidade...), mas do caráter! Quem me fez entender isso foi - justamente - quem conversou comigo sem preconceitos ao invés de me colocar no patamar de preconceituosa e me excluir.
Parece um assunto besta, mas não é! Muda muito a nossa visão dos outros... Enfim, divaguei demais ehuahuehaea
Muito obrigada, Paola linda!
Beijões!
Só ressaltando que o preconceito não é algo fundamentado! Simplesmente não deveríamos formar conceito sobre algo que conhecemos superficialmente... Mas é do ser humano - não temos como evitar (só como modificar).
ExcluirNão sou um poço de santeza (-q), mas no geral eu acho ruim como as pessoas julgam as outras como se não houvesse amanhã. Cheguei a brigar várias vezes com a minha mãe pela quantidade de julgamento sobre pessoas que ela nem conhece. Eu não sou a epítome do alternativo, mas nunca me importei, pois fico bem no "meio termo". Mas também nunca gostei que criticassem as pessoas só por criticar... Não digo que não o faço, mas desses tempos pra cá percebi que fazia isso bem menos que as pessoas da minha volta. É incrível como, nos meus falhos comentários, a pessoa nunca fez nada pra mim e eu julgo como se veste. Enfim, bom texto!
ResponderExcluirPois é, Marina! O incrível é que a pessoa nunca nos fez nada... não a conhecemos... Como nos damos o direito de ridicularizá-las do nada? O ser humano é um animal complicado rs rs
ExcluirTeve uma vez, no meu trabalho, que quebrei a cara com um julgamento assim. Veio uma moça com uma roupa extremamente provocativa, num salto enorme, com um celular top de linha, falando com aquela voz de patricinha... Olhei pra minha amiga do trabalho (aquele tipo de olhar que diz "aposto que você está pensando o mesmo que eu") e soltei um monte de comentários maldosos sobre a moça.
Quando ela veio ao balcão, foi tão gentil e educada comigo que eu engoli seco. Foi uma doçura de moça! Me contou a história dela, falando que trabalhava como acompanhante, mesmo... o quanto era difícil... Passei o dia inteiro refletindo sobre como eu tinha sido maldosa e odiosa na minha atitude de julgar. Mas é assim... tive que tomar uns belos tapas da vida até começar as mudanças.
Beijões e muito obrigada pelo comentário!
Oi, gostei muito do seu texto porque primeiro, eu sou uma dessas pessoas que você citou que sempre sofre preconceito por onde passa mas não hesita em jugar o outro (eu admito). Realmente acho que a forma como as pessoas são ou deixam de ser não é problema nosso. Acho que se queremos que funcione com a gente devemos deixar de julgar o outro primeiro. Você me mostrou que antes de julgar, devo olhar para meu umbigo primeiro, já que não me adequo padrão.
ResponderExcluirhardbanger.blogspot.com.br
"Acho que se queremos que funcione com a gente devemos deixar de julgar o outro primeiro."
ExcluirVocê sintetizou tudo o que quis dizer com um texto enorme! rs rs
Poxa, Andressa... Se sabemos o quanto é difícil sofrer julgamentos dos outros, deveríamos pensar mais vezes antes de sair apontando os dedos. Infelizmente somos assim mesmo - estamos em constante aprendizado. O que importa é deixarmos de lado essas atitudes que só nos fazem mal.
Muito obrigada pelo seu comentário <3
Beijões!
Tema espinhoso!
ResponderExcluirInfelizmente, o julgamento é algo cultural. Eu vejo ele como uma reação rápida do nosso ego contra algo que não conhecemos. Nós crescemos em ambientes onde o desconhecido assusta. E o julgamento é uma forma de defesa. Mas o lado bom é perceber e poder colocar uma placa de "pare" antes de levar para frente. O episódio da Geisy foi complicado, pois os argumentos foram de que a roupa era inadequada pois distraía os alunos. Já vi professor restringir roupa por este motivo, mas neste caso não foi assim, foi uma aversão desmedida.
Exato, Vívien! O prejulgamento nos foi passado pelos nosso mais longínquos ancestrais... afinal, como poderíamos ter sobrevivido e evoluído tanto se nada nos impedisse de "meter a cara" no desconhecido (que nem sempre nos reserva boas surpresas)?
ExcluirÉ quase inevitável julgar - mas algo que podemos e devemos fazer é usar a plaquinha do "pare" sempre que estivermos prestes à despejar esse turbilhão de julgamentos! (Adorei a alusão à plaquinha! rs).
Enfim, muito obrigada mesmo pelo comentário, Vívien <3
Beijos!
;)
ExcluirAdoro seu blog. Sempre me dá ótimas reflexões e ideias.
Esses dias, fui visitar meu pai, e como de costume, levei ele até o ponto do ônibus, pra que ele fosse trabalhar. Daí, pensando em conviver mais com a família de minha madrasta, todos evangélicos, incluindo meu pai, voltei pra casa deles, pra jogar conversa fora. Eis que me vi numa situação deprimente: minha madrasta, a irmã dela e o filho, ambos me julgando e criticando por causa de um piercing no nariz, que tenho desde os 15 anos. Magoou, sabe... Por serem evangélicos, mais do que eu, deveriam saber que não se deve julgar o próximo, como ensinamento de sua própria religião. Além disso, não lembraram que o chefão daquela budega toda, vulgo Meu Pai, tem duas tatuagens, uma em cada uma em braço!
ResponderExcluirJulgar, eu julgo. Mas, aprendi do melhor jeito possível, que não existe pessoas estranhas, mas sim, diferentes; cada uma com suas peculiaridades,o que tornam as coisas mais interessantes...
Enfim, o texto é bem refletivo, Sandila. Acho que você colocou o dedo na ferida e está de parabéns! Adorei. ^^
Exatamente, Marcela! Não existem pessoas estranhas, ou pessoas que se dividem em "certas" e "erradas" - existem pessoas que pensam, agem e são diferentes umas das outras, e isso é muito bom! Uma pena que nem todos saibam lidar com as diferenças.
ExcluirMuita sorte!! <3
Obrigada por seu comentário!
Nossa! Eu várias vezes olhei meninas de roupas extremamente curtas e julguei para mim mesma, mas agora vc me fez refletir, minha família inteira se vesta assim, só eu com estilo alternativo, e eu sei como é ruim mesmo que eles não falam na minha cara saber que eles tem um certo julgamento. Valeu flor me fez refletir muito, e fiz um pacto cmg mesma agora, não julgar as pessoas pelas roupas!
ResponderExcluirBeijos amore adoro seu blog !
Muito obrigada mesmo, Sté! Fico feliz que tenha pudido ajudar de alguma forma! É como as moças colocaram nos comentários acima - é quase impossível que não julguemos. Crescemos aprendendo isso com exemplos e, no momento em que uma pessoa se coloca em nossa frente, quase que automaticamente já temos algum julgamento sobre ela. Mas podemos nos refrear, colocar em nossa frente a plaquinha de "pare". A diferença está ai <3
ExcluirBeijões, minha linda!
Oi, Sandila! Então eu sempre penso que se colocar no lugar do outro, mesmo que em forma de altruísmo acaba sendo individualista porque não existe isso de "passar por isso é ruim". A situação se modifica de acordo com o indivíduo que passa por ela. Acredito que nós jamais vamos entender o que outro passa e exatamente por isso cabe a nós exercer a não opinião. Eu adorei a sua colocação e irei ler o texto que mandou
ResponderExcluirExatamente, Vanessa! O que acontece é que o ser humano é um ser individualista por natureza. Nunca pensamos com as mesmas nuances que o outro, então gostamos de colocar nossa bagagem existencial na questão para entendê-la de forma mais generalizada.
ExcluirSe uma criança cresce achando a violência normal, por exemplo, ela não exitaria em cometer algum ato violento contra alguém (mesmo "se colocando no lugar" da outra pessoa), pois crê que a outra pessoa não acharia a violência algo assim tão ruim (pois ela mesma não acha).
Achei a questão da "não opinião" absurdamente boa exatamente por isso! Se nos colocarmos na posição de não pensar pelo outro, é mais provável que possamos ser mais imparciais e melhores pessoas.
Por incrível que pareça, na época até eu admirei a atitude dela, mesmo sabendo que ela poderia estar fazendo aquilo para se aparecer.
ResponderExcluirSei lá, acho que quando você sofre preconceito desde pequeno, você aprende o quanto julgar pode ser ruim para o próximo. No meu caso eu sempre evito comentar sobre essas coisas, antes eu penso: mas porque que esta pessoa se veste desta forma, por que ela faz tal coisa?
Belo texto!
Excelente reflexão!
ResponderExcluirEu era meio nova e boba nessa época, e me lembro disso só bem vagamente... mas com certeza até alguns anos atrás, eu faria como você tinha feito: julgado negativamente, reprovando a roupa dela.
Hoje em dia, já tenho mais bom senso.
Uma das coisas que me incomoda no meio lolita é como existe esse julgamento. As gurias às vezes se julgam superiores pelo estilo ser mais recatado - e espalham frases do tipo "pelo menos não sou funkeira"...
Acho que quem é alternativo tem que ser o primeiro a espalhar essa consciência e deixar de julgar os outros pela aparência.
Até porque ela é bem libertadora. Na época que eu julgaria a Geisy, eu achava que não podia isso nem aquilo... não sorria mostrando os dentes, e (pasme!) não usava preto. Não passava maquiagem nem fazia nada de diferente, não queria me "expor ao ridículo".
Ao libertar os outros da minha opinião, eu acabei me libertando também.
"Ao libertar os outros da minha opinião, eu acabei me libertando também."
ExcluirQue coisa LINDA de se ler, Chadias! Vamos nos libertar das opiniões desnecessárias <3